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A Pintura e Envelhecimento |
Comecei fazendo um primer, usando Tamiya Flat Brown
XF-10, no intuito de se obter algo como um pré-sombreamento. Esta foi a
primeira vez que tentei esta técnica e confesso que não fiquei satisfeito,
devido principalmente a minha inexperiência, onde não consegui obter o
sombreamento que eu desejava, mas já consegui visualizar onde errei para ter
maior sucesso na próxima vez. Após esse primer, realizei uma inspeção para
corrigir falhas de masseamento e chegou a hora da cor principal.
Apesar das instruções recomendarem usar Tintas Gunze Mr. Color, eu preferi
usar a Model Master Sand – FS33531, pois achei que se aproximava mais das
cores mostradas em minhas referências (Mais tarde um amigo me disse que
nunca havia visto aquele tom de areia ser utilizado nos Osório, mas decidi
permanecer com as referências que eu tinha em mãos, assim há a opção de
seguir a orientação das instruções que parecem estar bem corretas). A lona
do canhão, pintei com Tamiya Desert Yellow XF59, as esteiras pintei primeiro
com Model Master Metalizer Lacquer – Burnt Metal Buffing Metalizer, seguido
de Tamiya Flat Black XF1 para as sapatas de borracha. As metralhadoras foram
pintadas com Tamiya Gun Metal X10, as pontas dos lançadores de granadas
fumígeras e as antenas foram também pintadas com Tamiya Flat Black XF1. Para
o farolete traseiro, usei caneta de retroprojetor de ponta fina na cor
vermelha. Novamente usei caneta de retroprojetor de cor laranja para pintar
a luz de sinalização na torre. Não usei nenhum decalque, pois minhas
referências não os mostravam, após o término do modelo, contudo, soube do
lançamento por uma empresa nacional de decalques para este modelo, mas já
era tarde demais.
Após o término da pintura de todos os detalhes pequenos, parti para o
envelhecimento do modelo. Como esse modelo especificamente, foi usado apenas
em testes, decidi fazer apenas um envelhecimento leve (apesar de gostar de
modelos bem gastos e envelhecidos), para isso eu usei apenas giz pastel seco.
Basicamente eu procedo da seguinte forma:
- Com a faca de modelismo eu raspo o bastão de giz para obter um pó bem
fino;
- Usando um pincel de ponta fina, pego o giz pastel e aplico sobre o
modelo;
- Sopro o excesso de giz e continuo passando o pincel fino;
- Em seguida, pego um pincel mais largo, macio e limpo, e passo sobre o
mesmo local que passei com o pincel fino, de forma a obter uma suavização
das bordas e ainda retirar o excesso de giz;
- Aplico esse procedimento em todos os cantos, ao redor dos equipamentos
e nas áreas onde há dobras e vincos.
Para esse modelo, não usei tons que sugeririam ferrugem e desgaste
excessivo do veículo, e sim apenas o efeito do acúmulo de poeira proveniente
do seu uso durante os testes. O tom do giz foi escolhido o mais próximo
possível do tom de areia, porém com uma diferença do tom usado na pintura do
modelo. Fui generoso na aplicação do giz nas esteiras e rodas, dando a
entender que este modelo estava em pleno uso.
Com isso concluí o modelo, e tenho uma peça que figura como meu primeiro
blindado “nacional” em minha coleção.
Gostaria de agradecer a Maria Clara Saraiva Biavatti, por gentilmente ter
revisado esse artigo.
Divirtam-se!
©2002 - Texto e modelos de Paulo R. Castro. Fotos do
Osório cortesia EMFA. Todos os Direitos Reservados.
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